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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Questão de prova


Pacientes com doenças hepáticas, especialmente apresentando quadros de encefalopatia, devem receber dieta pobre em:

a-    Queijo e gema de ovo
b-    Soja e macarrão
c-    Farinha de trigo e milho
d-    Peixe congelado e leite de cabra
e-     Espinafre e berinjela

Resposta A.

A encefalopatia hepática (EH) é uma síndrome clínica que pode acometer 70% dos pacientes cirróticos. A EH caracteriza-se por disfunção do sistema nervoso central associado à falência hepato-portal, desencadeando distúrbios neurológicos que podem evoluir desde sonolência até o coma e morte. O objetivo dietoterápico nesta situação será reverter o quadro de EH através do controle da ingestão de proteínas. As proteínas de origem animal, ricas em aminoácidos de cadeia aromática (AACA- tirosina, fenilalanina, triptofano), devem ser restringidas da dieta desses pacientes porque produzem falsos neurotransmissores cerebrais, os quais poderiam ser uma das causas da EH. Portanto a opção dietoterápica foi o uso de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR – valina, leucina, isoleucina), presentes nas proteínas vegetais, pois impedem a passagem dos AACA pela barreira hematoencefálica, reduzindo assim as alterações neurológicas que o paciente poderá apresentar. ainda o alto teor de fibra de uma dieta de proteína vegetal pode também desempenhar um papel na excreção de compostos nitrogenados. Foi proposto o uso de probióticos no tratamento da EH pela redução de amônia no sangue portal.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fenilcetonúria

Fenilcetonúria é um erro inato do metabolismo, de herança autossômica recessiva, cujo defeito metabólico (enzima fenilalanina hidroxilase, converte fenilalanina a tirosina), leva ao acúmulo de fenilalanina (FAL) no sangue e aumento da excreção urinária de ácido Fenilpirúvico e fenilalanina. Foi a primeira doença genética a ter um tratamento realizado a partir de terapêutica dietética específica.

Sem a instituição de diagnóstico e tratamento precoce antes dos 3 meses de vida (através de programas de Triagem Neonatal), a criança portadora de Fenilcetonúria apresenta um quadro clínico clássico caracterizado por atraso global, deficiência mental, comportamento agitado ou padrão autista, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor característico na urina. Pacientes que recebem o diagnóstico no período neonatal e recebem a terapia dietética adequada precocemente, não apresentarão o quadro clínico acima descrito.

Três formas de apresentação metabólicas são reconhecidas e classificadas de acordo com o percentual de atividade enzimática encontrada:

• Fenilcetonúria Clássica – quando a atividade da enzima fenilalanina hidroxilase é praticamente inexistente (atividade < 1%) e, conseqüentemente, os níveis plasmáticos encontrados de fenilalanina são > 20 mg/dl.

• Fenilcetonúria Leve – quando a atividade da enzima é de 1 a 3% e os níveis plasmáticos de fenilalanina encontram-se entre 10 a 20 mg/dl.

• Hiperfenilalaninemia Transitória ou Permanente – quando a atividade enzimáticaé superior a 3%, os níveis de fenilalanina encontram-se entre 4 e 10 mg/dl, e não deve ser instituída qualquer terapia aos pacientes, pois é considerada uma situação benigna, não ocasionando qualquer sintomatologia clínica.

 Orientações gerais:

• Os lactentes recebem as fórmulas especiais (isentas FAL) e, a elas é adicionado leite integral modificado com a menor quantidade de FAL possível;

• Amamentação materna pode ocorrer desde que exista controle diário da FAL sangüínea;

• A introdução de outros alimentos deve ocorrer aos 4 meses de idade, contendo baixos teores de FAL, sempre com controle da quantidade diária permitida de ingesta de FAL.

A redução na ingestão de fenilalanina só poderá ser alcançada por meio de uma alimentação muito pobre em proteínas (uma vez que as todas as proteínas naturais contém FAL), limitando-se a alimentos como frutas e verduras, alimentos à base de amidos ou outros carboidratos complexos, ou alimentos dietéticos especiais, o que pode resultar em deficiências nutricionais.


Bibliografia:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-Geral de Atenção Especializada. Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Coordenação- Geral de Atenção Especializada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Definições Aleitamento Materno

Muito importante é conhecer as definições dos diferentes tipos de aleitamento materno:

  •  Aleitamento materno: a criança é amamentada e pode ou não estar recebendo outro alimento;
  • Aleitamento materno exclusivo: quando a criança só recebe leite materno, seja diretamente do seio ou ordenhado da própria mãe, ou ainda, leite humano de banco de leite e não recebe nenhum outro líquido (nem mesmo água) ou alimento sólido, com exceção para medicamentos;
  • Aleitamento materno predominante:  o principal alimento da criança é o leite materno, sendo permitido apenas receber água, chá, medicamentos ou soro de reidratação oral.
  • Aleitamento materno complementar: quando o lactente recebe leite materno mais alimentos sólidos, inclusive leite não humano.

Vale lembrar que a OMS e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo por seis meses e o complementar por até dois anos ou mais.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Envelhecimento

O envelhecimento é um processo biológico natural. Entretanto, envolve algum declínio nas funções biológicas.  Órgãos modificam-se com a idade. É importante distinguir entre mudanças naturais do envelhecimento e mudanças devido a doenças tais como arteriosclerose, com início visto em alguns adolescentes.

A composição corporal muda com o tempo: a massa de gordura  e a gordura visceral aumentam, enquanto a massa muscular diminui. A sarcopenia é a perda de massa muscular, força e funcionalidade,  pode aumentar o risco de quedas e prejudicar a qualidade de vida.

As perdas sensoriais relacionadas à idade afetam paladar, olfato, podendo levar  à diminuição do apetite e ingestão insuficiente de micronutrientes. A disgeusia é a perda do paladar e hiposmia diminuição do olfato.

A xerostomia (boca seca) pode levar a dificuldades de mastigação e deglutição. A diminuição do paladar e da produção de saliva torna o ato de comer menos agradável e mais difícil. A disfagia é a dificuldade de deglutição devido ao enfraquecimento da língua e dos músculos da bochecha, podendo tornar a mastigação e a deglutição difíceis e perigosas. A disfagia aumenta o risco de pneumonia de aspiração e infecção dedido à entrada de alimentos ou líquidos nos pulmões.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Questões de prova

A absorção dos minerais é influenciada por vários fatores.
O mineral que tem a absorção facilitada pela presença de
alimentos com alto teor de proteína é o:

(A) cálcio. (B) selênio.
(C) enxofre. (D) cobre.
(E) zinco.

Uma dieta rica em proteínas promove a absorção do zinco pela formação de quelatos de zinco-aminoácidos que apresentam o zinco em uma forma mais absorvível. Resposta E


O magnésio desenvolve papel fundamental no organismo
humano e sua absorção pode ser inibida por dietas:

(A) hiperlipídicas. (B) hiperproteicas.
(C) hiperglicídicas. (D) hipolipídicas.
(E) hipoglicídicas.

Dietas com alto teor de gorduras e dietas hipoproteícas diminuem a absorção do magnésio, enquanto dietas ricas em carboidratos e lactose favorecem a absorção do magnésio. Resposta A

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Conceitos importantes sobre higiene

Temos por HIGIENIZAÇÃO/SANITIZAÇÃO qualquer procedimento que elimine ou reduza os perigos microbiológicos até níveis suportáveis, minimizando os riscos de transmissão de agentes patogênicos. Dependendo da situação desejada, a higiene pode compreender apenas uma simples lavagem, podendo necessitar de uma desinfecção, ou em situações mais críticas, envolve até a esterilização.
A LIMPEZA é o procedimento que envolve a simples remoção de sujidades ou resíduos macroscópicos de origem orgânica ou inorgânica.
LAVAGEM é o procedimento que envolve a utilização de água e sabão ou detergente para melhor remoção das sujidades, podendo ou não reduzir os patógenos.
A DESINFECÇÃO/SANIFICAÇÃO elimina ou reduz os microorganismos patogênicos até níveis suportáveis, sem risco à saúde. Termo utilizado para ambientes ou vegetais (inanimados).
A ANTISSEPSIA é o procedimento que tem o mesmo efeito da desinfecção ou sanificação, porém é o termo utilizado para superfícies vivas externas como peles, mucosas, etc.
A ASSEPSIA é qualquer procedimento que evite o retorno da contaminação, seja biológica, química ou física. Significa uma conduta de controle aplicada após a esterilização, desinfecção ou antissepsia para proteger as superfícies ou os produtos para os quais já foram removidos ou reduzidos os perigos.